O jornal Folha de S. Paulo dedicou uma página ao presidente do Paraguai, Horácio Cartes. Nas poucas linhas da publicação, é possível ver a diferença de ter um empresário com visão global no poder ao invés de uma carreirista política como ocorre no Brasil.
Horácio Cartes recebeu a repórter falando o idioma dela (português) com desenvoltura.
Claro que a publicação esquerdista deu um tom de ilha da fantasia ao país vizinho. Mostrou que no jardim presidencial "passeavam avestruzes e soldados armados".
Mas a matéria não conseguiu esconder que o empresário devolveu aos paraguaios o crescimento econômico que havia sido interrompido quando Fernando Lugo governou o país.
As denúncias de oposicionistas não convenceram o eleitorado. Cartes levou a eleição mesmo sendo acusado de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, contrabando e narcotráfico. O jornal resgatou que, em 2011, os EUA indicavam Cartes como centro de um esquema de narcotráfico e lavagem de dinheiro na Tríplice Fronteira.
Mas sua propaganda enalteceu seu êxito empresarial. E que o mesmo sucesso seria levado à administração pública. Deu certo.
Depois de ser um dos países que mais cresceram no mundo, o Paraguai mantém o viés positivo. A projeção de crescimento do PIB para este ano é de 4,3%, inflação vai ficar em 4,2% e desemprego aponta queda e está no mesmo nível do Brasil (5,2%). Mas lá não há Bolsa Família.
Para Cartes, no entanto, o Partido Colorado precisa mudar. "Ficaram 61 anos no poder [incluindo a ditadura de 35 anos], é muito tempo, e caíram em vícios, em clientelismo e em maus costumes", disse à Folha.
O presidente não poupou críticas ao Mercosul. "Deveríamos estar falando de outros assuntos. O Mercosul foi concebido como bloco econômico, mas os temas tratados nas reuniões não são os que eu preferiria. Deveríamos estar falando de banco comum, de construir estradas, de logística. Deveríamos discutir mais metas realizáveis e menos política e ideologias."
E também disse que o estado do Paraná pode encontrar no Paraguai um forte aliado. "Sei dos problemas pelos quais passam os portos de Paranaguá e Santos. Se o Estado do Paraná, que tem seis vezes o PIB do Paraguai, quer exportar sua produção agrícola para a China, qual é o caminho mais curto? Pelo Pacífico! Por que não passar pelo Paraguai?"
Cartes disse que sofreu com a lentidão do serviço público depois que assumiu o mandato. "Numa empresa, a gente toma a decisão e faz. Aqui, não. Entre aprovar uma ideia, um crédito, e realmente executá-lo, vai um tempão, de análise, de burocracia. Isso me desmotiva. Gosto da eficiência do livre mercado, porque sei que, quando uma coisa está cara, o outro simplesmente não compra."
Empresários e trabalhadores da região da tríplice fronteira esperam que o empresário-presidente sirva de exemplo. Se houvessem mais Cartes e menos Lulas, certamente o Brasil avançaria muito mais. Assim como seu vizinho pobre está fazendo.
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