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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ser professor é coisa de louco

Ser professor é coisa de louco! Ninguém mais quer ser professor nesse país. O salário baixo desestimula. A ausência da educação paterna faz com que as crianças achem normal xingar, bater, matar ou transar no colégio! O professor precisa ensinar o “be-a-bá”, mas também o “bom dia” e o “muito obrigado”. Por que os pais já não querem mais educar os filhos. E a escola fica sobrecarregada. A mãe tá no shopping. O pai no chope. E o professor?... No hospício.



Desde a época do Império se comemora do Dia do Professor em 15 de outubro. Mas bem que poderia ser o Dia do Louco.
Porque para ser professor no Brasil, só sendo muito doido.
Hoje em dia um professor não pode dar nota baixa para quem não estudou ou cancelar a prova de um aluno que foi pego colando. Num tradicional colégio de Foz do Iguaçu, uma mãe ficou indignada porque a professora deu nota zero para uma aluna que colava. Falou com o diretor, gritou com a professora, amassou a prova e jogou na cara daquela que estava tentando dar um pouco de educação para uma menina que não a recebeu em seu lar.
Especialistas defendem que os problemas vividos dentro das salas de aula são conectados com a vida lá fora. Alunos violentos que não podem ser punidos, falta de estrutura, mínimo apoio dos pais, preparo deficiente e a baixa remuneração afastam talentos que poderiam influenciar e motivar nossas crianças e jovens. O Brasil está em 1º lugar no ranking de violência contra professores divulgado pela OCDE. E pelo visto, o exemplo vem de casa.


O Brasil trata mal seus professores. Promove um processo insano de auto-sabotagem na medida em que desestimula aqueles que têm como missão formar os futuros cidadãos. Uma sociedade que não valoriza o professor não passa de um bando de loucos.
Há décadas a classe docente é desrespeitada no país. Não há condições dignas de trabalho para que o mestre possa desenvolver a educação dos seus aprendizes. E os exemplos que vêm de fora da escola não são animadores. O presidente da República não completou o primário. Aquele famoso apresentador de TV foi camelô e pouco estudou. O craque do time largou a escola e hoje é o camisa 10. Então, estudar pra quê? Se qualquer um pode se formar na “escola da vida”?
Uma pesquisa recente mostrou que o Brasil é o 2º pior país do mundo em educação. Nossas escolas públicas são exclusivas para os pobres. Quem tem um dinheirinho opta por uma escola particular em busca de melhor qualidade de ensino.
Quando o aluno termina o ensino médio, a situação se inverte. As melhores universidades do Brasil são públicas, mas não oferecem vagas suficientes. Nos Estados Unidos, país que reúne a elite universitária, apenas 22% dos estudantes de ensino superior estão em instituições privadas. Aqui, são 78%.
E os professores esclarecidos são silenciados por uma minoria barulhenta que ocupa os sindicatos. Esses líderes estão lá para promover a doutrinação marxista em nossas escolas e influenciar as crianças desde a mais tenra idade para a revolução comunista. Na verdade, não estão lá para defender os professores, mas pela preservação das suas próprias regalias. Não disse que professor é coisa de louco?
As atitudes de nossos governantes não caminham para um final feliz.  Quem faz a prova dos nove do setor, percebe que as lideranças que formulam as políticas públicas de educação são reprovadas por mau comportamento.
Se um ministro da educação não consegue coordenar um ENEM, o que se faz? Dá pra ele a administração da mais importante cidade do Brasil. Poucos negros e índios na faculdade? Bloqueia o acesso do branco que estudou mais através de uma política de cotas racista e inaceitável!
As cotas que valem para o acesso ao ensino público não valem para ocupar vagas no Congresso ou no Executivo. A intenção por trás disso tudo é fomentar uma guerra entre brasileiros de cores diferentes e expurgar do ensino gratuito a classe média, que é justamente quem mais paga imposto e mantém a máquina estatal.
Até em países dizimados por guerras, o primeiro a levantar a cabeça e seguir trabalhando é o professor, esse louco obstinado. Porque não existe ideia de nação sem educação. Chegou a hora do brasileiro pensar no seu futuro e valorizar, de fato, esse louco chamado professor. É urgente! Antes mesmo do shopping ou do chope.


Um comentário:

  1. Na verdade entra na profissão como pessoa normal e sai louca!!Concordo plenamente com você!Só louco para ser professor no Brasil,estes enfrentam indisciplina e ainda o descaso das famílias e dos governantes.

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