O governo federal apresentou o
novo Ministro da Fazenda. Joaquim Levy pretende cortar gastos e acredita na
recuperação da economia já para 2015.
Antes da posse, anunciou a meta
do superávit primário para os próximos anos, 1,2% do PIB em 2015 e 2% em 2016 e
2017.
Longe dos holofotes, a vida
real é mais pessimista. Segundo o IBGE, a economia brasileira no terceiro
trimestre cresceu apenas 0,1%. O gasto familiar caiu 0,3%, mas o dos governos
subiu 1,3%. A produção no campo teve queda de 1,9%. O nível de investimento privado
caiu 8,5%. As empresas locais precisam se esforçar ainda mais para não ficar no
vermelho.
Foz do Iguaçu sofre impacto
direto do fraco desempenho da economia nacional. Pois o cenário da taxa de
câmbio mudou. A oscilação do dólar pode aquecer o comércio iguaçuense. Pelo
menos essa é a expectativa por parte dos comerciantes.
Uma lojista de calçados na
região central da cidade reclama: “o comércio está assustado nesse fim de ano.
Não tá vendendo nada. E não é só no meu segmento de atuação. Ninguém tá vendendo.
Estou pensando até em fechar a loja”, desabafa.
Para o economista sênior da
Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, José Borges, “há uma expectativa
que essa nova equipe econômica controle o déficit público. Isso vai afetar a
taxa de câmbio, diminuindo (o dólar), nós voltaremos à situação anterior de
incentivo às compras internacionais”.
No próximo ano, os iguaçuenses
assistirão à mais mudanças econômicas. “Temos a perspectiva dos Freeshops que
podem resultar numa dinâmica diferente da nossa atividade comercial, ou seja,
as perspectivas do setor industrial, serviços e do comércio para Foz do Iguaçu
são muito favoráveis”, acredita Borges.
Em 2014, a cidade recebeu novos
investimentos. Nos parques industriais, na hotelaria e o início da construção
de um novo shopping center de grande porte. Tudo isso promete mexer com a
economia iguaçuense que já viveu dias melhores.
A expansão imobiliária, que era
visível na cidade, esfriou. Um condomínio que era todo vendido em semanas, hoje
leva anos e ainda requer muito investimento em pessoal e propaganda. Algumas
emissoras de TV concedem descontos expressivos para anunciantes do ramo
imobiliário. Tentam fisgar esse mercado que antes não recorria à divulgação de
massa.
O governo federal não cumpre
promessas de obras importantes, como a segunda ponte com o Paraguai. Em nível
estadual, se arrasta a construção do viaduto da Avenida Paraná. E a
administração municipal mostra imprevisibilidade na condução das finanças de
Foz do Iguaçu. Enfim, a cidade tem tudo para ser um pólo econômico forte. Mas,
diante de tantas incertezas, fica difícil prever que 2015 seja mais animador
que o ano que termina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Cinco dicas para um comentário responsável:
1. Não comente sem deixar o nome.
2. Não desvie o foco do assunto.
3. Não acuse ninguém daquilo que você é
4. Não utilize de linguagem grosseira.
5. Não escreva o que não pode provar
-------------
OBS: A moderação deletará comentários não aprovados.