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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

As previsões para a economia local

O governo federal apresentou o novo Ministro da Fazenda. Joaquim Levy pretende cortar gastos e acredita na recuperação da economia já para 2015.
Antes da posse, anunciou a meta do superávit primário para os próximos anos, 1,2% do PIB em 2015 e 2% em 2016 e 2017.

Longe dos holofotes, a vida real é mais pessimista. Segundo o IBGE, a economia brasileira no terceiro trimestre cresceu apenas 0,1%. O gasto familiar caiu 0,3%, mas o dos governos subiu 1,3%. A produção no campo teve queda de 1,9%. O nível de investimento privado caiu 8,5%. As empresas locais precisam se esforçar ainda mais para não ficar no vermelho.


Foz do Iguaçu sofre impacto direto do fraco desempenho da economia nacional. Pois o cenário da taxa de câmbio mudou. A oscilação do dólar pode aquecer o comércio iguaçuense. Pelo menos essa é a expectativa por parte dos comerciantes.
Uma lojista de calçados na região central da cidade reclama: “o comércio está assustado nesse fim de ano. Não tá vendendo nada. E não é só no meu segmento de atuação. Ninguém tá vendendo. Estou pensando até em fechar a loja”, desabafa.


Para o economista sênior da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio, José Borges, “há uma expectativa que essa nova equipe econômica controle o déficit público. Isso vai afetar a taxa de câmbio, diminuindo (o dólar), nós voltaremos à situação anterior de incentivo às compras internacionais”.
No próximo ano, os iguaçuenses assistirão à mais mudanças econômicas. “Temos a perspectiva dos Freeshops que podem resultar numa dinâmica diferente da nossa atividade comercial, ou seja, as perspectivas do setor industrial, serviços e do comércio para Foz do Iguaçu são muito favoráveis”, acredita Borges. 


Em 2014, a cidade recebeu novos investimentos. Nos parques industriais, na hotelaria e o início da construção de um novo shopping center de grande porte. Tudo isso promete mexer com a economia iguaçuense que já viveu dias melhores.
A expansão imobiliária, que era visível na cidade, esfriou. Um condomínio que era todo vendido em semanas, hoje leva anos e ainda requer muito investimento em pessoal e propaganda. Algumas emissoras de TV concedem descontos expressivos para anunciantes do ramo imobiliário. Tentam fisgar esse mercado que antes não recorria à divulgação de massa.
O governo federal não cumpre promessas de obras importantes, como a segunda ponte com o Paraguai. Em nível estadual, se arrasta a construção do viaduto da Avenida Paraná. E a administração municipal mostra imprevisibilidade na condução das finanças de Foz do Iguaçu. Enfim, a cidade tem tudo para ser um pólo econômico forte. Mas, diante de tantas incertezas, fica difícil prever que 2015 seja mais animador que o ano que termina.

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