A arrecadação de impostos nunca foi tão alta. E o deficit da balança comercial também. Isso acontece porque os governos estão dissociados daqueles que os mantém. Enquanto a iniciativa privada luta por eficiência, o Estado brasileiro reza para todos os santos para ser cada vez mais inchado, lento e perdulário. A diferença está em quem paga a conta. Se uma empresa privada erra, seus donos ou acionistas são responsabilizados. Mas o fardo do Estado quem carrega são os contribuintes. E a conta está cada vez mais cara. Além de políticos eleitos e cargos comissionados, há cerca de 10 milhões de funcionários públicos. Em janeiro, o governo federal arrecadou R$ 123,7 bilhões com impostos e tributos. Mesmo sendo um recorde histórico, o valor retirado do mercado foi insuficiente para cumprir as metas fiscais projetadas pelo governo federal, que prevê arrecadar 3,5% mais do que a inflação esse ano.
Às empresas, restam trabalho duro para manter a folha salarial, obrigações fiscais e legais, pagamento de todo tipo de taxa, honrar compromissos com fornecedores e ainda encontrar consumidores. Enfim, fazer o Brasil andar. Não é fácil sustentar um ciclo crescente de corrupção e distribuição de dinheiro público. Nem pagar impostos escorchantes e os juros reais mais altos do planeta. E tudo isso sem receber quase nada em troca. Em pesquisa com 30 países, o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) descobriu que os brasileiros recebem o pior retorno dos seus impostos em serviços públicos de qualidade.
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