O roteiro envolve terra arrasada, violência policial, ameaça à vida no planeta e até criação de mais um pedágio. Enfim, a novela da reabertura da Estrada do Colono, trecho de 17 km entre Serranópolis do Iguaçu e Capanema, seria sucesso de audiência em qualquer horário. Difícil é resumir toda a trama em poucas linhas. De um lado estão moradores, empresários, turistas e todo mundo que trabalha para desenvolver o oeste paranaense. Na trincheira oposta, eco-chatos e ativistas (agora todo mundo virou ativista) que, dos seus luxuosos escritórios urbanos, lutam para que essa parte do Paraná retroceda ao tempo dos índios Guarani.
Assim como na discussão sobre o fechamento do Parque Nacional do Iguaçu aos carros de turismo, o Partido dos Trabalhadores (PT) atua como protagonista nos dois lados. Se os eco-chatos vencerem e o caminho continuar bloqueado, os burocratas do Ibama (que ganhou o nome do extrativista Chico Mendes) filiados ao partido soltarão fogos de artifício politicamente corretos. Mas, se a estrada for reaberta, o deputado petista a favor da reabertura, Assis do Couto, terá a reeleição garantida. Seja como vilão ou herói, o PT sempre estará com o vencedor.
A estrada foi construída com recursos dos paranaenses nos anos 1950 para desenvolver a região compreendida desde Guarapuava até Foz do Iguaçu. Bloqueá-la definitivamente seria mais um capítulo infeliz de nossa história.
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