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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O PT em Porto Alegre é uma espécie de Sarney no Maranhão.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que "preferia morrer" a ficar preso no Brasil.Ele deve ter conhecido o Presídio Central de Porto Alegre
O PT domina Porto Alegre há tanto tempo que mesmo quando há eleição municipal envolvendo outros partidos é o PT que ganha, como ocorreu no ano passado.
A mais recente disputa eleitoral terminou com a base aliada nas três primeiras posições. Imaginem só, Dilma Rousseff tinha que subir em três palanques diferentes tamanho era o domínio petista sobre o PDT, do prefeito eleito, e o PC do B, da segunda colocada. O candidato oficial petista ficou em terceiro lugar, com a pior votação da história do PT na cidade, mas ninguém no partido reclamou.
Fortunati (ex-PT) acabou eleito. Ele prometeu apoiar Dilma para presidente em 2014 e ela retribui o carinho oferecendo sua ajuda para que ele comandasse a Frente Nacional de Prefeitos - FNP ainda em 2013.
Se no Maranhão a família Sarney se tornou a dona do campinho há meio século, em Porto Alegre o PT dá as cartas desde 1988, quando Olívio Dutra chegou à prefeitura.
Um sindicalista simples que alcança o poder. Você já ouviu essa história? Pois foi a partir de Porto Alegre que o PT moldou esse sentimento nacional que ganhou as massas e hoje se perpetua na maior calamidade política do Brasil. Esse tipo de discurso que ganhou mentes e corações forja verdadeiras bizarrices que só um país tão atrasado como o nosso pode admitir. Como, por exemplo, uma presidente da República que nunca foi eleita nem para vereadora.
Caro leitor, é importante recorrer à história para que você saiba que esses políticos estão lhe usando para celebrar um projeto de poder que não começou com Lula. O ex-sindicalista carismático é a fachada de um imenso arsenal de destruição em massa chamado PT. O que o Brasil passou a sofrer desde 2002, os gaúchos já sentem na pele desde os anos 1980.
Dilma era a secretária de estado responsável pela energia em meus anos de Porto Alegre. Enquanto nas outras regiões onde o fornecimento de energia elétrica foi privatizado não faltava luz, no meu bairro que era coberto pela estatal CEEE tinha apagão todo santo dia.
Sabe qual era o partido de Dilma na época? O PDT de Fortunati. Você percebeu? Fortunati saiu do PT para o PDT. Enquanto Dilma fez o caminho inverso. Trata-se de um mero jogo de cena. Onde o eleitor sempre perde.
Dilma foi secretária na gestão do então prefeito Alceu Collares, um crítico voraz do PT que hoje tem um “cala-boca” vitalício como conselheiro em Itaipu Binacional.
Depois de Collares, a dinastia petista na capital gaúcha fez quatro mandatos consecutivos. São 16 anos, gente! Ou seja, havia aptos a votar que desde que nasceram nunca foram governados por outro partido! O continuísmo fez um total de quatro prefeitos que se revezavam no poder enquanto também buscavam comandar os gaúchos em nível estadual.
Hoje, o Rio Grande do Sul é governado novamente pelo PT de Tarso Genro. Ele já foi ministro da Justiça no governo Lula. Então, experiência não lhe falta para aconselhar Roseana Sarney nesse momento onde os presídios são o assunto no Maranhão. Mas ele não pode fazer isso.
Tarso, quando estava em trincheira oposta, afirmou que uma eventual candidatura de Roseana ao Palácio do Planalto em 2002 era “uma ameaça, aventura semelhante a de Collor”. Achincalhar rivais para enfraquecê-los e depois dominá-los é uma antiga estratégia do partido.
Mas não é por ter criticado a ex-adversária que o petista precisa se calar diante do descalabro dos presídios maranhenses. E sim porque é no seu estado, governado pelo PT, que fica o pior presídio do Brasil.
A Câmara dos Deputados apontou que o Presídio Central de Porto Alegre tem mais que o dobro dos detentos que deveria suportar e é dominado por traficantes que disputam o poder e desfilam todo o tipo de crime pelas celas. Em uma fuga histórica, 45 detentos deixaram o presídio no carnaval de 1995. Atualmente, crianças, drogas, visitas íntimas, esgoto escorrendo pelas paredes, celulares e armas convivem nesse espaço que cabem 2.000 homens mas que tem 4.500 presos.
O governo Tarso diz que há muito não se ouve falar em homicídios dentro das celas. O que é desmentido pelo juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska. “As facções criminosas adotaram essa forma de matar dentro do presídio. A vítima é imobilizada, enrolada em um cobertor e forçada a ingerir uma superdosagem de cocaína, ou composto de drogas. Os detentos chamam isto de ‘gatorade’. A pessoa entra em surto e eles (os presos) amarram uma sacola na cabeça, impedindo ela de respirar. Então, ela vem a óbito sem lesão aparente. Quando o sujeito chega no hospital, ele já chega morto. Mas essas mortes, quando ocorrem, são computadas como sendo fora do presídio”, revelou Brzuska.
Tarso, como bom executor da cartilha petista, culpa os governos anteriores que, segundo ele, fecharam unidades prisionais na região metropolitana. Ele disse que fechará o Presídio Central de Porto Alegre. 

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