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| Paraguai só tem a perder ao voltar para o Mercosul |
Um dos maiores empecilhos ao crescimento
de Foz do Iguaçu, o Mercosul ainda não decolou. Mas está a ponto de admitir a
sua primeira proto-ditadura declarada, a Venezuela.
Vamos aos fatos. O Paraguai tomou um puxão
de orelha de Uruguai, Argentina e Brasil por puxar o tapete do ex-presidente,
ex-bispo e ex-tarado (será que é “ex” mesmo?) Fernando Lugo.
Um apêndice. Os amiguinhos sul-americanos
queriam que todo o continente fosse dominado pela teoria Bolivariana vigente.
Mas, graças a uma rápida manobra no senado paraguaio, o partido colorado conseguiu derrubar
Lugo e voltar ao poder após um ano de governo tampão do liberal Franco.
Voltemos aos fatos. Com esse chega pra lá
em Lugo, a turminha pseudo-socialista do Mercosul ficou “xatiada” e também deu
um chega pra lá no Paraguai, suspendendo o país do bloco.
Numa coincidência incrível, enquanto o
Paraguai estava suspenso, o bloco aprovou a entrada de um novo integrante, a proto-ditadura venezuelana. E não é que o único país consciente do Mercosul que
desejava impedir a entrada de Caracas no bloco estava suspenso?
Agora, depois que os eleitores paraguaios voltaram
em si e votaram por si, o presidente do país, Horácio Cartes, quebra a
promessa e aceita o aceno de Nicolás Maduro para que a Venezuela seja
definitivamente incorporada ao bloco com o retorno, em definitivo, do Paraguai.
Acontece que os paraguaios só têm a perder
com a volta ao Mercosul. Pelo menos a maioria deles. Suspeita-se que Maduro
esteja convencendo os políticos paraguaios através de promessas financeiras que
nunca serão cumpridas. Pois na Venezuela falta até papel higiênico para a
população!
Além disso, já escrevi em empresariALL que
o Paraguai passou a vender mais aos países do Mercosul depois de sua suspensão.
Vamos aos números. Somente no terceiro
semestre de 2012, brasileiros, argentinos e uruguaios gastaram R$ 1,44 bi em
produtos paraguaios. Em 2011 o volume comprado pelos três integrantes do bloco
havia sido inferior a R$ 1,12 bi. O Brasil, sozinho, importou 42% a mais em
comparação com o ano anterior.
Se o Paraguai vende mais hoje do que
quando era integrante pleno do Mercosul, se Foz do Iguaçu pode exportar
produtos para o país vizinho com mais rentabilidade às empresas locais, se a
entrada da Venezuela representa um entrave comercial com qualquer outro bloco
ou país capitalista do mundo, como ser a favor do retorno paraguaio ao bloco?
Por isso, fica o apelo ao presidente
Cartes: NÃO VOLTA, PARAGUAI!
charge: por Caló, pulicada no jornal ABC Color.

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