Inaudi Savaris trabalhava em sua joalheria numa quarta-feira de julho do ano passado. Um assaltante entrou no estabelecimento e tirou a vida do empresário que lutou para defender seu patrimônio. O crime ocorreu às 10 horas da manhã na principal avenida do centro de Foz do Iguaçu.
Geverson Venson conhecido como ‘‘Jeca’’ estava em casa, nesse fim de semana, após outra noite de trabalho num de seus restaurantes quando dois homens armados invadiram o terreno onde fica sua residência e anunciaram assalto. Um tiro foi disparado e a vida de outro empresário se foi. Esses foram apenas dois dos mais recentes exemplos de uma sombria realidade que assola o Brasil. Prosperar aqui é praticamente um crime.
No país onde se paga benefícios para que a população não trabalhe e se torne totalmente dependente do Estado populista, quem trilha o caminho inverso acaba refém de seu próprio sucesso. Os dois casos fatais se somam a muitas outras tentativas de latrocínio, assaltos, roubos e furtos que constantemente o empresário brasileiro é vítima. Quem prospera precisa se proteger de quem tem o intuito de lhe tomar o que foi conquistado. E o medo vira mais um dos inúmeros itens aos quais o dono do próprio negócio precisa ficar atento ao sair de casa para trabalhar todos os dias. Só no ano passado, o mercado da segurança movimentou R$ 4,2 bi no Brasil. E a expectativa é de crescer 11% este ano. Índice que poucos setores da economia alcançarão.
E mesmo depois de tantas tragédias, os responsáveis pela segurança pública pouco ou nada fazem. A polícia é 10. 10preparada, 10aparelhada, 10motivada. E quando consegue prender os criminosos é como se as algemas fossem de barbante. Pois qualquer advogado sagaz encontra brechas legais por onde escapam seus clientes bandidos. Sempre tem algum tipo de embargo infringente a serviço do meliante. Quando um empresário morre, é uma vida valiosa que se perde. Porque dela depende a sobrevivência de muitas outras pessoas. Sejam fornecedores, empregados ou toda a sociedade que se beneficia dos tributos que lhe são impostos. Quando um empreendedor morre, vão com ele suas ideias, sua iniciativa e tudo que ele poderia contribuir para o país. Diante da inércia das autoridades, da perplexidade da população e da impunidade que é epidêmica no país, resta perguntar: Quem será o próximo?

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