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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A expansão dos hotéis em Foz

Tapumes, operários, brocas e guindastes. É intenso o ritmo das obras nos hotéis de Foz do Iguaçu. Até 2014, 10 mil novos apartamentos serão construídos. No Recanto Park, resort termal na Avenida Costa e Silva, a recreação ganhou 10 novos integrantes. ‘‘Em duas décadas passamos de 74 para 300 apartamentos. Nosso padrão atual se equipara aos mais conceituados empreendimentos do país. E isso requer muito investimento’’, ressalta Edilson Andrade, um dos responsáveis pelo hotel. Lá, tudo é novo. Os quartos foram ampliados e atualizados. Um grande spa está por abrir. Até uma mini Londres foi construída para divertir os hóspedes.

No centro da cidade, além das construções e ampliações alguns hotéis fechados serão reabertos. É o caso do Bogari. O hotel da Avenida Brasil já foi um dos mais famosos do Paraná. Hoje pertence à família Bortoli, que vai reabrí-lo no ano que vem, depois de quase três anos de reformas. ‘‘A ideia de Arnaldo Bortoli é resgatar o centro da cidade. Mostrar à comunidade que nessa região famílias tradicionais do ramo hoteleiro ajudaram a construir a história de Foz do Iguaçu’’, conta Marcelo Valente, um dos responsáveis pelos hotéis da família. Além do Bogari, o Águas do Iguaçu e o Bella Itália são constantemente modernizados.

Mas nem tudo são flores para o setor. À Gazeta do Povo, Cândido Neto, do Ra­fain Palace, disse que a ocupação está em queda. “No primeiro semestre foi inferior a 60%’’, afirmou. E o aumento da oferta pode trazer mais problemas. Com mais apartamentos disponíveis, a tarifa tende a cair. E com ela, a lucratividade. Ninguém quer que se repita a perda dos níveis de preços que ocorreu há 5 anos. Outro fantasma que assombra o setor é a economia informal. Estima-se que há na cidade 100 pequenos estabelecimentos de hospedagem que não possuem as mesmas exigências que sofrem os hotéis de maior porte. Se algo de ruim acontecer ao turista que se hospeda nesses locais, o destino como um todo é prejudicado.

Nem a Copa do Mundo serve como justificativa para o grande aumento do número de apartamentos na cidade. Junho e Julho são meses de boa ocupação, tradicionalmente. Com tarifas aéreas mais caras e mais movimento nos aeroportos, o turista brasileiro pode desistir de viajar. Ao avaliar esse cenário, fica o ensinamento do empresário Marcelo Valente: “ter um hotel é fácil, o difícil é manter a operação’’. Quem (sobre)viver, verá! 

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