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quinta-feira, 2 de julho de 2015

jornalismo. Com j minúsculo mesmo.

Jornalismo local ganha importância enquanto o jornalismo nacional busca frivolidade.

Tenho acompanhado um movimento interessante. Ao passo que o jornalismo local fica mais profissional e atuante, os jornalistas da chamada "grande imprensa" cada vez mais caem em descrédito.

Quando assisto a um jovem que se aprofunda num escândalo de corrupção estatal, quando leio uma matéria escrita por alguém que parece mesmo só fazer isso da vida de tão bem feito, quando escuto um comentário revelador que abre novos horizontes, enfim, quando o Jornalismo é praticado com afinco, fico emocionado.

Mas tá russo de isso acontecer nos grandes veículos brasileiros. Cada vez mais desonestidades boechatianas, sem gracismos bonnerianos e futilidades bernardenses ganham espaço numa luta frenética pelo buxixo (buzz).

E não é só na TV, na rádio ou no jornal, não. É na internet que os mais famosos porta-vozes dos cidadãos se tornam ainda mais rasos.

Já os locais, talvez por terem menos a perder, buscam uma proximidade com assuntos relevantes do dia a dia e pintam nosso cotidiano com cores reais. A greve do transporte público que deixa dona Maria sem ter como ir ao trabalho, o sindicato que fecha a escola e abandona as crianças à própria sorte, o prefeito que recebe verba da empresa de lixo onde seu Joaquim é vigia... Essas pequenas coisas que são muito mais relevantes e fazem a diferença em nossas vidas se tornam combustível para profissionais que prezam seus diplomas e buscam fazer mais.

É esse o caminho, jornalistas! Deixem aos consagrados o direito de passar vergonha em rede nacional seja lá por que razão a modinha do momento impõe e busquem fazer o que de mais puro há nessa profissão: o compromisso com a informação. 

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