Fernando Haddad não tem tráfego político em Brasília. Para o PT, aliado é só até o dia da eleição. |
Quando o Partido
dos Trabalhadores (PT) entra numa eleição não está para brincadeira. Faz de
tudo para vencê-la não importam os métodos que sejam usados.
Se algum
adversário ameaça, os militantes do partido partem para a difamação, com
argumentos baixos e desconexos, naquilo que ficou conhecido como assassinato de
reputação.
Se isso não for
suficiente, ameaçam o eleitor e instauram o pânico. No Rio Grande do Sul, tentaram emplacar um segundo mandato de Tarso Genro. Sobraram denúncias de que os comitês do partido promoveram marketing de guerrilha com ameaças a quem recebe o Bolsa-Família. Para o PT, uma eleição é
uma guerra e na guerra vale tudo.
Vale espalhar
boatos, ameaçar a retirada dos benefícios sociais, usar sindicatos pelegos para
promover intimidação, alocar juristas em postos estratégicos, impor o poderio econômico para moldar a mídia... para
eles não existe esse papinho furado de democracia, de escolha do povo, de exercício da cidadania, de civilidade.
Mas outras
estratégias também fazem parte do arsenal petista. Uma delas é o alinhamento.
Como o PT tomou o poder central desde 2003, nas eleições majoritárias nos
estados apela para a ilusão de que seus candidatos aproveitariam o trânsito
livre em Brasília para viabilizar projetos. Ou, trocando em miúdos, quem votar
em alguém do PT para governador, garante um cheque em branco assinado pelo
Planalto.
E, na mesma medida, o desavisado que escolhe um candidato que se oponha à hegemonia petista vai
colocar seu Estado na eterna fila dos sem-verba. Já que na visão deles não
importa se você é brasileiro ou cubano, mas sim se você vota no PT ou nos “inimigos”.
O mesmo discurso
binário se replica nos municípios. Escolher um prefeito que não faça parte da base
aliada de Dilma é o mesmo que lançar sua cidade na treva por pelo menos dois
anos (até a próxima eleição presidencial).
Mas esqueceram de
avisar ao queridinho de Lula em São Paulo. Na maior cidade do país, o prefeito
Fernando Haddad, embora seja do mesmo partido, precisa recorrer à Justiça para
reduzir a dívida do município com a administração federal.
Mas não se
preocupe. Antes da próxima disputa eleitoral, o PT vai dar um jeito de
transformar um direito devido ao município em um agrado do partido. Afinal, ninguém
sabe colocar e depois tirar o bode da sala tão bem quanto os maquiavélicos
estrategistas petistas.
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