Os mais pobres são os que mais sofrem com a elevação de preços Foto: Sindmetal |
No primeiro bimestre, itens industrializados essenciais como macarrão, farinha e óleo tiveram retração ou crescimento enfraquecido no volume consumido, segundo relatório da Nielsen, que audita 50 milhões de lares.
A farinha de trigo teve queda de 6,6% no consumo neste primeiro bimestre, em relação a igual período de 2014.
A redução é relevante quando se compara à alta de 3,5% registrada entre os primeiros dois meses de 2014 e igual intervalo de 2013.
O mesmo ocorre com a categoria de massas alimentícias, que teve 2% de queda ante um avanço de 3,5% na relação do ano anterior.
Pães (-2,3%) e peixes enlatados (-3,6%) também surpreenderam a indústria e o varejo no início deste ano.
A razão está no cenário econômico, segundo Sabrina Balhes, analista da Nielsen.
Se no primeiro bimestre de 2014, o total das cestas de bens de giro rápido crescia 6,9% puxado principalmente por categorias sazonais ligadas ao verão, o calor deste ano só foi foi capaz de manter um avanço tímido, de 1,2%.
Cervejas cresceram agora só 2,7%, ante 12,4% anteriormente. O mesmo ocorreu com sorvete, refrigerante e suco.
Itens de maior valor agregado, considerados conquistas para o consumidor da classe média, como iogurtes, também registraram queda (-5,8%), conforme o mesmo relatório, que audita 137 tipos de produtos. No ano passado, a alta fora de 34,6%.
Para Cláudio Felisoni, do instituto de varejo Ibevar, "a primeira coisa que se faz é reduzir o volume, depois trocar a marca e parar de comprar".
Fonte: Folha.com
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