Free shop, novo shopping center, hotéis e mais
hotéis... Foz do Iguaçu dá sinais de crescimento e o setor turístico
está embalado. Mas será que há turista suficiente para tudo isso?
A Copa do Mundo foi ruim para o
mercado iguaçuense, inclusive para o ramo hoteleiro que ainda luta para
reverter essa situação. Os eventos locais, congressos e os feriados prolongados
ajudam os hotéis. Nestas datas, a ocupação varia entre 75% e 90%. Adejar Wolf,
gerente de um hotel recém-inaugurado no centro da cidade confirma. “No Viale
Tower temos 150 apartamentos. A ocupação foi de 75% nesses 3 meses de vida”.
Os hotéis novos divulgam em
rede nacional de TV preços mais baixos que os praticados pelos hotéis
tradicionais de Foz. É o que diz Vanderlei de Amorim, responsável pelas
reservas do hotel San Juan. “Eu vejo o preço que os grandes hotéis colocam.
Para tentar reverter, coloco um preço menor. Ajuda um pouco, mas às vezes é uma
concorrência desleal”.
Ao avaliar a chegada dos novos
hotéis, Gabriela Benitez, gerente do Hotel Flor, acredita “que não há turista
suficiente, pois há períodos que não alcançamos nem 90% de ocupação aqui no
hotel”. A previsão é que a cidade ganhe mais 3 mil leitos apenas nesse ano.
A secretaria de turismo não tem
índice próprio para medir a visitação ao destino. Os dados mais utilizados são
do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), rodoviária e aeroporto.
No aeroporto, o movimento esse
ano é maior do que no ano passado. Na rodoviária, menor. Essa tendência é
registrada desde 2012. Já no PNI, após uma pequena queda no ano passado, a
visitação esse ano apresenta leve recuperação.
Pesquisas realizadas pela
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) e pelo Sindicato de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu (Sindhotéis) comprovam que a
ocupação não satisfez os hoteleiros nem na alta temporada. Em janeiro, a
ocupação média foi de 68,5%. No acumulado do ano, 52,4%.
A indústria hoteleira gera
riqueza, emprega muita gente e colabora para o desenvolvimento da cidade.
Entretanto, a disputa entre os hotéis tradicionais e as grandes companhias que
chegam com tarifas reduzidas causa desconforto para quem trabalha no setor
turístico.
O crescimento do número de
turistas é pequeno e, sozinho, não justifica o ‘‘boom’’ hoteleiro que vive Foz
do Iguaçu.
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