A
lição mais expressiva desta eleição veio das urnas paranaenses. A reeleição do
senador Alvaro Dias (PSDB) com 77% dos votos válidos mostra à classe política
que é possível ser oposição e vencer eleição. O senador ganhou a confiança do
eleitor pela quarta vez para ocupar uma vaga no Senado. O resultado é maior
votação em números absolutos e também em percentual de toda a história
paranaense.
No
Paraná, o povo pede mudanças no governo federal e manutenção no âmbito
estadual. Beto Richa (PSDB) vai governar o estado por mais quatro anos. Para
isso contou com 55,67% dos votos válidos. Na disputa pela presidência, a
preferência do paranaense também ficou com um candidato do PSDB. Aécio levou a
metade (49,79%) dos votos válidos. Uma diferença de mais de um milhão de votos
frente à segunda colocada, Dilma Rousseff (PT) que conseguiu 32,5% do
eleitorado. Na eleição de 2010, os paranaenses escolherem José Serra (PSDB) com
44%. Dilma ganhou mais votos do que nesse ano e ficou com 39%.
Em
Foz do Iguaçu, tudo mudou. Se o iguaçuense deixou Beto Richa em segundo plano
em 2010, dessa vez depositou 61,92% dos votos e ajudou a reeleger o governador.
Há quatro anos, Foz do Iguaçu colocou Gleisi (PT) e Gilberto Barros (PP) entre
os senadores mais votados. Agora, Alvaro Dias (PSDB) garantiu mais de 80% dos
votos. A cidade havia sido a única entre as maiores do estado onde a candidata
Dilma Rousseff (PT) ficou a frente de José Serra (PSDB) na disputa para
presidente. Dessa vez, Aécio Neves (PSDB) superou a petista com 13% a mais de
votos em Foz do Iguaçu.
Para
a câmara federal, nenhuma surpresa. Foz do Iguaçu novamente peca pelo excesso
de candidatos e vê apenas Giacobo (PR), que mantém domicílio eleitoral na
cidade, garantir sua cadeira como deputado federal.
Há
várias edições, empresariALL encampa uma luta para que os iguaçuenses se unam
em apenas 3 nomes para disputar as vagas de deputado federal e outros 3 para
deputado estadual. Mas, na prática, a iniciativa não funcionou. E quem perdeu
foi toda a cidade.
A
responsabilidade é de todos nós. Que permitimos que vereadores que amealharam
alguns votos para a Câmara Municipal busquem multiplicar, como num passe de
mágica, seus eleitores para chegar ao Congresso. Esses senhores jogam contra a
cidade porque tiram votos de candidatos que realmente reúnem condições para
serem eleitos.
A
consultoria Konsultta fez um levantamento onde aponta que Professor Sérgio
(PSC) foi o candidato local que chegou mais perto de garantir outra cadeira de
deputado federal para Foz do Iguaçu. Mesmo assim, lhe faltaram 23.630 votos. Já
Vitorassi (PV), Paulo Rocha (PSB) e Nilton Bobato (PCdoB) precisariam de mais
50.000 votos, em média, para serem eleitos. Um descalabro!
Cascavel,
que tem o mesmo porte de Foz do Iguaçu, perdeu um deputado federal nessa eleição.
Mesmo assim tem o triplo de representantes de nossa cidade.
Se
formos para a esfera estadual, o resultado é ainda mais humilhante. Os
eleitores cascavelenses ajudaram a eleger cinco deputados estaduais enquanto
apenas dois iguaçuenses foram eleitos.
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