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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A voz do povo nas urnas do Paraná

A lição mais expressiva desta eleição veio das urnas paranaenses. A reeleição do senador Alvaro Dias (PSDB) com 77% dos votos válidos mostra à classe política que é possível ser oposição e vencer eleição. O senador ganhou a confiança do eleitor pela quarta vez para ocupar uma vaga no Senado. O resultado é maior votação em números absolutos e também em percentual de toda a história paranaense.
No Paraná, o povo pede mudanças no governo federal e manutenção no âmbito estadual. Beto Richa (PSDB) vai governar o estado por mais quatro anos. Para isso contou com 55,67% dos votos válidos. Na disputa pela presidência, a preferência do paranaense também ficou com um candidato do PSDB. Aécio levou a metade (49,79%) dos votos válidos. Uma diferença de mais de um milhão de votos frente à segunda colocada, Dilma Rousseff (PT) que conseguiu 32,5% do eleitorado. Na eleição de 2010, os paranaenses escolherem José Serra (PSDB) com 44%. Dilma ganhou mais votos do que nesse ano e ficou com 39%.
Em Foz do Iguaçu, tudo mudou. Se o iguaçuense deixou Beto Richa em segundo plano em 2010, dessa vez depositou 61,92% dos votos e ajudou a reeleger o governador. Há quatro anos, Foz do Iguaçu colocou Gleisi (PT) e Gilberto Barros (PP) entre os senadores mais votados. Agora, Alvaro Dias (PSDB) garantiu mais de 80% dos votos. A cidade havia sido a única entre as maiores do estado onde a candidata Dilma Rousseff (PT) ficou a frente de José Serra (PSDB) na disputa para presidente. Dessa vez, Aécio Neves (PSDB) superou a petista com 13% a mais de votos em Foz do Iguaçu.

Para a câmara federal, nenhuma surpresa. Foz do Iguaçu novamente peca pelo excesso de candidatos e vê apenas Giacobo (PR), que mantém domicílio eleitoral na cidade, garantir sua cadeira como deputado federal.


Há várias edições, empresariALL encampa uma luta para que os iguaçuenses se unam em apenas 3 nomes para disputar as vagas de deputado federal e outros 3 para deputado estadual. Mas, na prática, a iniciativa não funcionou. E quem perdeu foi toda a cidade.
A responsabilidade é de todos nós. Que permitimos que vereadores que amealharam alguns votos para a Câmara Municipal busquem multiplicar, como num passe de mágica, seus eleitores para chegar ao Congresso. Esses senhores jogam contra a cidade porque tiram votos de candidatos que realmente reúnem condições para serem eleitos.
A consultoria Konsultta fez um levantamento onde aponta que Professor Sérgio (PSC) foi o candidato local que chegou mais perto de garantir outra cadeira de deputado federal para Foz do Iguaçu. Mesmo assim, lhe faltaram 23.630 votos. Já Vitorassi (PV), Paulo Rocha (PSB) e Nilton Bobato (PCdoB) precisariam de mais 50.000 votos, em média, para serem eleitos. Um descalabro!
Cascavel, que tem o mesmo porte de Foz do Iguaçu, perdeu um deputado federal nessa eleição. Mesmo assim tem o triplo de representantes de nossa cidade.
Se formos para a esfera estadual, o resultado é ainda mais humilhante. Os eleitores cascavelenses ajudaram a eleger cinco deputados estaduais enquanto apenas dois iguaçuenses foram eleitos.

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