Recorde de público na 10ª Feira do Internacional do Livro

Site Prefeitura de Foz do iguaçu

Uma cidade turística com indícios de sede por cultura. Isso ficou claro na 10ª Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu, depois de bater todos os recordes de público e vendas, o evento que ocorreu do dia 5 a 14 de setembro, fecha em alta para os empresários e para quem passou por ali.

Durante os 10 dias, 12 horas diárias passaram por ali 90 mil pessoas, 20 mil a mais que na edição anterior. Para os empresários que foram entrevistados por nossa equipe, a feira trouxe lucro, para quem soube investir no evento, mas trouxe também a visibilidade da loja ali exposta. Com 180 atrações, entre debates, rodas de conversa, teatro, música, circo, lançamento de livros e a visita de muitos autores famosos para a nossa cidade. Segundo o site oficial da feira, houve aumento médio de 30% no comércio de livros e obras de diferentes temas por editoras e expositores de todo o Brasil e país da América Latina. Instalada também nesse ano na Praça das Nações, mais conhecida como a Praça do Mitre, a infraestrutura foi ampliada 25%, comportando 50 estandes, entre livrarias, sebos, expositores de trabalhos acadêmicos, lanchonete e papelaria.

Agora falando em lucro, é um ponto muito relevante a ser levantado, pois na feira existem lojas e lojas, alguns souberam aproveitar, outros nem tanto, numa passada rápida pela feira, encontramos alguns livros que estavam com o mesmo preço que se é comprado em sua loja. Porém tiveram alguns que souberam aproveitar a oportunidade, é o caso de Amadeus Mariano, proprietário do Sebo Amadeus. “Nós trabalhamos com um diferencial do Sebo, na nossa visão, tudo que nós temos na loja em grande escala, fazemos uma super oferta na feira, devido ao alto fluxo de pessoas, nós pensamos que os livros têm que ser viabilizado para todas as pessoas de todas as classes, e por isso fazemos essa oferta apenas na feira. Como exemplo o livro ‘Você e a Constituição’, ele custa R$19,90 e esta sendo vendido aqui por R$ 2,00.”

Já para Nharrime Musser, proprietária da livraria, sebo e locadores de livros, a Essência da Leitura, a feira não traz apenas lucro, traz também visibilidade da loja. “Como eu trabalho com locação de livros eu adquiro mais clientes para minha loja [...] só aqui já foram vendidos mais de 400 livros.”

Arinha Rocha, diretora da Fundação Cultural, também tem essa visão, “O volume de venda direta para o consumidor, em relação ao ano passado teve um número expressivo, e esse ano as vendas estão praticamente o dobro. O que era apenas para mostrar e fazer divulgação do estande, hoje não é mais assim, hoje é venda direta, é negócio mesmo. Objetivo da feira é o incentivo da leitura e ir de encontro com o espaço de vendas de livros”.

Site oficial da Feira

Como podemos perceber, de uma forma generalizada, os empresários ficaram contentes com os lucros obtidos pela feira, porém alguns disseram que o único ponto negativo que existe: é a locação de estande, um pouco caro, resultando num baixo lucro, levamos esse levantamento para Arinha Rocha, para saber qual é a posição da Fundação Cultural, em um tom de brincadeira, ela nos explica: “O custo é muito alto, não é só colocar as barracas e vender os livros [...] toda essa estrutura custa bastante dinheiro. Fora os autores, os artistas que fazem os shows. Infelizmente fazer uma feira de livros com essa magnitude custa muito”.

 Para o empresário que soube aproveitar esta oportunidade, que se planejou antes para dar uma oferta que compensasse o bolso do consumidor, fez bem, pois a feira já esta numa qualidade superior em relação às anteriores. Neste ano tudo aumentou, como, os estandes, infraestrutura, e como consequência teve um público recorde, logo, para o empresário que fez o contrário disso, terá uma próxima chance em 2015, fazendo um planejamento estratégico e aproveitando a feira mais importante para cultura de Foz do Iguaçu.