By José Atento · 19 Abr 2017
O Senado Federal enviou para sanção presidencial a
nova LEI DE MIGRAÇÃO, que fere muitas normas constitucionais! Esta lei, em
termos práticos, deixa a política migratória brasileira na mão de organismos
internacionais (por exemplo, ONU e UNASUL), sem nenhuma representatividade
junto ao povo brasileiro e sem nenhum tipo de limite à quantidade de imigrantes
que queiram vir para o Brasil. Como disse o Ministro da Justiça: podem vir mil,
dez mil, cem mil por ano, todos são bem-vindos.
O problema é que, se o Brasil já não consegue
oferecer serviços públicos de qualidade a seu povo, como os proverá para
"cem mil por ano"? Essa lei garante que qualquer estrangeiro que
deseje permanecer no Brasil tenha acesso a todos os serviços públicos (saúde,
previdência, etc.) como se fossem brasileiros. Quem pagará essa conta?
Outro ponto problemático: o controle de criminosos
ficará comprometido, pois a lei possibilita a "não criminalização da
imigração". Aos estrangeiros são concedidos direitos de cidadãos, tais
como a formação de partidos políticos e de sindicatos. Mas estão eles
comprometidos com a coisa pública do Brasil ou com interesses de forças e de entidades
externas? Esta lei viola os princípios da soberania nacional e expõe as
fronteiras brasileiras ao risco de qualquer pessoa adentrar nosso território
para qualquer fim, sem sofrer o devido controle. Fronteira não é apenas um
conceito na lei: fronteira são os limites geográficos entre os países, o que
delimita sua materialidade. O presente projeto de lei implica a diluição desses
limites, e, justamente porque nosso território e tornará indeterminado ou não
delimitado, o país se verá exposto a possíveis conflitos com países vizinhos.
Ao oferecer livre acesso, esta lei torna mais difícil o combate ao tráfico de
drogas, de armas, de pessoas em nosso território, afetando a segurança publica.
A lei permite a criação de espaços de cidadania e de livre circulação das
pessoas. Dessa forma se criarão diversos enclaves de estrangeiros em pleno
território brasileiro.
Além disso, constata-se nesta lei uma clara
tentativa de unificação do Brasil com alguma entidade da América do Sul, como
se fosse um só território. Mas quem comandará tal território unificado já não
será um órgão eleito ou nomeado pelo Brasil, mas um órgão externo, com o que se
suprime a soberania popular do Brasil. Extingue-se, assim, a soberania do povo
brasileiro. A concessão de vistos, antes privativos de embaixadas e de
consulados gerais, poderá ser feita por quaisquer escritórios comerciais e de
representação do Brasil no exterior. Ou seja, não haverá nenhum rigor na
qualificação do solicitante de visto.
Nosso país vive hoje diversas crises: crise de
confiança, crise moral, crise econômica, crise de emprego, crise
previdenciária, crise na saúde, crise tributária, e em especial crise na
segurança pública: por ano são centenas de milhares de assassinatos e de
estupros, além do fato de que milhões de armas ilegais entram por nossas
fronteiras, o que dá amplo poder ao crime organizado e a narcotraficantes. Pois
bem, quanto tudo isso não se agravará se não se vetar a nova lei de migração!
Leis que permitem um mundo sem fronteiras falharam na Inglaterra, na Bélgica,
na Alemanha, na Suécia, na França, na Holanda, todos os quais são países ricos,
ao contrário do Brasil. Hoje tais países são reféns de seu discurso migratório
permissivo, e seus cidadãos passam a sofrer a discriminação reversa. Não é
difícil imaginar o que ocorrerá em nosso país se não for vetada a lei de
migração em pauta.
Antes de propor uma lei para receber centenas de
milhares de refugiados ou imigrantes sem controle nem limite, nossos
representantes deveriam compreender que qualquer absorção de migração só pode
ser feita na medida em que se tenham condições de absorvê-la e sustentá-la.
Por fim, considerando que a União Europeia já
manifestou interesse em remanejar refugiados para fora da Europa, com a
aprovação de tal lei de migração o Brasil correrá sério risco de tornar-se seu
natural escoadouro, com todas as consequências dramáticas que daí advirão.
Petição dirigida a: Presidente Temer
Excelentíssimo
Senhor Presidente da República,
Por
favor, VETE o Projeto da “nova Lei de Migração”, encaminhado pelo Senado.
Pedimos
o VETO PRESIDENCIAL ao SCD 7/2016 – PLS 288/2013 em seu texto atual. Esta
"Lei da Imigração" representa um grave risco à soberania do povo
brasileiro. O texto apresentado, que desejamos ver rejeitado, implica:
1.
Riscos para a segurança nacional;
2. Riscos para os serviços de segurança pública interna;
3. Sobrecarga nos serviços básicos de saúde, saneamento, previdência, educação e transporte.
2. Riscos para os serviços de segurança pública interna;
3. Sobrecarga nos serviços básicos de saúde, saneamento, previdência, educação e transporte.
Além
dos pontos acima, relacionados à gestão pública, com esta lei ficam
comprometidos conceitos constitucionais:
1.
Compromete-se o significado e o valor da cidadania brasileira;
2. Compromete-se a definição de território brasileiro;
3. Compromete-se a legitimidade das instituições brasileiras.
2. Compromete-se a definição de território brasileiro;
3. Compromete-se a legitimidade das instituições brasileiras.
E
há ainda questões econômicas e políticas que podem desestabilizar nosso sistema
político, porque esta lei:
1.
Dá direito a não cidadãos de formar partidos políticos e sindicatos;
2. Aumenta sem limites a oferta de mão de obra desqualificada;
3. Aumenta sem limites a demanda de programas sociais;
4. Limita os poderes de Estado de extraditar imigrantes e de proteger os cidadãos brasileiros.
2. Aumenta sem limites a oferta de mão de obra desqualificada;
3. Aumenta sem limites a demanda de programas sociais;
4. Limita os poderes de Estado de extraditar imigrantes e de proteger os cidadãos brasileiros.
Qualquer
lei de migração que venha a ser aprovada deve possuir limites e controles que
protejam o povo brasileiro e sua soberania. É o povo brasileiro o que irá pagar
todas as despesas extras e não planejadas que esta Lei da Migração implicará.
Tal
como está redigida, a lei aprovada pelo Senado tira do Brasil o poder de
definir uma política migratória conveniente, ou seja, a determinação de um
número aceitável de imigrantes segundo as necessidades e possibilidades do. Na
verdade, este controle passa para organismos internacionais, independentemente
da vontade do povo brasileiro. Tudo isso põe fim ao conceito de pátria e de
cidadania.
Excelentíssimo
Senhor Presidente: Vossa Excelência tomou posse prometendo proteger e honrar a
Constituição do Brasil e defender os brasileiros e seus interesses, e esta lei
os fere gravemente.
Solicitamos
e esperamos, portanto, por todas as razões acima expostas, que Vossa Excelência
vete esta Lei de Migração, e evite assim ao país e a seu povo novas e imensas
aflições.
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