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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Direcione a energia gasta na defesa de bilionários para brigar por menos impostos aos cidadãos comuns

Cá entre nós, não dá pra entender como algumas empresas conseguem moldar a opinião de muita gente ao ponto de serem elevadas a corporações intocáveis, seja pelas leis, pela mídia ou mesmo pelo governo.
Apple é assim. Mas outras marcas também desfrutam desse endeusamento. Quando o Senado aprovou a cobrança de 2% de Imposto Sobre Serviços (ISS) de diversos negócios, só se ouviu reclamação que taxariam o Netflix.
Ninguém aqui é favorável a aumentar ou criar novos impostos no país com o pior retorno em serviços públicos de todo planeta. Mas, caros amigos, por que o tiozão que rala 48 horas semanais banca a maior carga tributária do mundo e o serviço global de conteúdo não pode? Se a revolta fosse contra o imposto em geral, teria em mim um aliado. Defender empresa globalista que fatura 1,1 bilhão – é mais que o SBT, fundado em 1981 – aí já é demais.
Até porque essa exaltação ao Netflix acaba ofuscando os outros afetados pela tributação. E até quem se livrou da cobrança, como a imprensa (jornais on line não pagarão).
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Netflix pagará ISS. Mas e as outras atividades afetadas?
Foto: Oficina da Net
A grana do ISS vai para os municípios. Afinal, se a duplinha PT/PMDB quebrou o faminto governo federal, o que dizer das cidades que vivem com pires na mão pedindo esmola em Brasília.
Só que além de serviços on line, outras atividades também serão tributadas:
- vigilância
- aplicação de tatuagens e piercings
- reflorestamento
- guincho
- transporte intermunicipal de cadáveres
- cessão de espaço em cemitério
- transporte coletivo de passageiros municipal
- inserção de textos e desenhos de propaganda em qualquer meio.
Ou seja, nem dos defuntos os zumbis da política abrem mão de cobrar mais imposto. Entendo que o aumento do ISS, além de taxar o Netflix, vai elevar os custos de uma simples postagem patrocinada no facebook. 
Isso mesmo. Quando aquele tiozão lá de cima chamar seu sobrinho publicitário de 10 anos para ajudá-lo a criar uma arte ou contratar a agência de propaganda daquela bancária / corretora de imóveis / mestre de cerimônias / vendedora de loja / sei lá mais o que para postar uma foto do seu próprio trabalho na internet vai ser cobrado mais 2% para o município. E de dois em dois por cento, o prefeito enche o bolso, a prefeitura de servidor e a paciência dos contribuintes. Isso sim é revoltante!
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