Nessa semana, Cuba passou a censurar mensagens de texto por celular com os termos “democracia”, “direitos humanos” e “greve de fome”. Após uma denúncia, a Reuters - a maior agência de notícias do planeta - tentou, sem sucesso, enviar um SMS no país contendo essas expressões. Elas não chegaram ao destino.
Mas Cuba não foi o único canto do mundo a determinar proibições absurdas nessa semana. Há poucos dias, a Venezuela proibiu a formação de filas em padarias. Com a escassez assassina de alimentos, remédios e produtos de higiene - ocasionada graças ao desastre das políticas econômicas - a culpa por todos os problemas do país passou a ser das filas, encaradas como um "ato político" dos comerciantes.
Também nessa semana, a Coreia do Norte baniu ironias e sarcasmos em conversas diárias. E uma lei em defesa do mau humor não é nenhuma novidade por lá: todo dia 8 de julho, data da morte de Kim Il-sung, é proibido sorrir.
Já o governo comunista chinês, também há poucos dias, proibiu festas de aniversário em algumas cidades do país. O motivo? Criar uma campanha anticorrupção e acabar com a cultura de dar presentes em troca de favores. Num lugar onde o governo ainda exerce tanta influência - que vem diminuindo nas últimas décadas, é verdade - a corrupção parece uma chaga inevitável. E quem paga a culpa por isso são as festas de aniversário (que só são permitidas se o aniversariante completar 89 anos - não me pergunte a razão).
Essas medidas não são nenhuma novidade. A União Soviética já havia proibido bandas como Black Sabbath, Nazareth, Iron Maiden e Judas Priest de serem tocadas no país por supostos crimes como obscurantismo religioso, violência e anti-comunismo. No Camboja, durante o governo socialista, pessoas que usassem óculos, que soubessem ler ou abrir a porta de um carro, ou mesmo quem tivessem uma marca branca no pulso - um claro sinal de que usavam relógio - eram condenadas à execução.
A homossexualidade já foi, ou ainda permanece sendo, crime em todos esses lugares. Diversos livros foram banidos em todos esses cantos.
Não há liberdade de expressão.
Não há liberdade de imprensa.
Não há liberdade econômica.
Não há liberdade política.
Não há liberdade de imprensa.
Não há liberdade econômica.
Não há liberdade política.
E eu sei que isso tudo pode parecer papo antiquado, reaça, da Guerra Fria. Mas isso tudo acontece agora mesmo.
O PCdoB apoia o regime norte coreano e o chinês. O PSOL apoia Cuba e Venezuela - dois países que receberam um caminhão de dinheiro do seu bolso, em obras bancadas por governos do PT nos últimos anos. Quase todos os movimentos sociais que invadem as ruas pedindo a volta de Dilma se declaram socialistas e prestam homenagens a todos esses regimes, incluindo a União Soviética.
Lembre disso na próxima vez em que encarar um militante dizendo que a liberdade é compatível com o socialismo. Não é.
Não há democracia em nenhum desses cantos. Há só o poder totalitário de seus burocratas. E o horror.
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