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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não basta apenas matricular o filho numa boa escola

Já trabalhei em um Colégio Católico onde havia os melhores recursos pedagógicos; recebia o melhor pagamento mensal e os melhores benefícios (plano de saúde, etc) desde que comecei a dar aulas. Nada disso me comprou.
No primeiro dia letivo, colocaram para palestrar um ateu/materialista que começou sua oratória falando mal da Igreja Católica, da educação jesuíta e da Idade Média. Para justificar sua autoridade, o palestrante disse "sou grande amigo do ex-ministro do MEC, Haddad". Só fez atacar os valores cristãos. Sugeriu à diretora que jamais contratasse professor fundamentalista, homofóbico ou a favor da pena de morte. Sim, ele veladamente fez essa relação entre igreja e "discurso de ódio". Quando fiz uma primeira pergunta, educadamente, só para filtrar o nível da canalhice, ele respondeu:
-- Menina, você acha que os pais estão interessados em valores cristãos? Eles só trazem os filhos para cá pelo status e por capricho, para exibirem seus carrões.
Primeiramente, perguntei se ele teria coragem de dizer isso na cara dos pais dos alunos na próxima reunião de pais ou se ele era covarde e demagogo. Em seguida, lembrei-o de que Haddad era semi-analfabeto e apenas outro ignorante usaria uma amizade com ele como argumento de autoridade. O assunto da palestra envolvia o ENEM, trouxe à memória deles que o Haddad mandpu preencher o "cabeçário da prova". Continuei com a palavra até perceber que ele não teria como explicar todos os pontos apresentados. Discuti, nas semanas seguintes, com a liderança da escola que era a favor da "ideologia de gênero". Fui demitida em poucos dias.
Quando voltei pra assinar os papéis da demissão, havia cópias de "Nota do Colégio Tal aos pais" coladas nas paredes: "Por que somos contra a redução da maioridade penal?", "Por que somos a favor do desarmamento?" e etc.
Saí daquele colégio sem nenhum remorso pelo emprego ou salário perdidos e orei a Deus pelos pais católicos e suas crianças, pedindo misericórdia pelo meu futuro: que meus filhos nunca dependam de frequentar qualquer escola e que eu jamais prefira o dinheiro em detrimento da alma. Desde anos atrás, quando isso acontenceu, Deus me tem concedido o segundo ponto e o primeiro me apresentou quando descobri o "homeschooling".
Ana Caroline Campagnolo

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