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domingo, 6 de setembro de 2015

Setor de serviços deverá ter primeiro recuo desde 1990



A situação econômica do Brasil se reflete no câmbio e no emprego. O dólar chegou ao maior valor em relação ao real em 12 anos, as ações da Petrobras fecharam com a menor cotação em mais de 10 anos e quase 500 mil vagas de emprego foram fechadas no país somente nesse ano.
Até os setores tidos como “blindados” da economia, que mantinham seu crescimento mesmo diante das piores crises, sofreram revezes em 2015. Foi assim com o ramo dos cosméticos, que sofreu primeira queda desde 1992, e agora o setor de serviços, que encolherá pela primeira vez em 25 anos.
O setor de serviços representa 61% do PIB e 71% do emprego no país. Conseguia crescimento mesmo em períodos complicados como os apagões de 2001 e as crises de 2003 e 2008. É dividido em três grandes subsetores: serviços prestados às famílias, às empresas e ao governo.
Os serviços voltados para as famílias foram protegidos por políticas públicas de subsídios ao consumo e incentivo ao crédito. O resultado foi a explosão de preços. Agora essas políticas são revertidas pelo ajuste fiscal. Com o fim de estímulos, desemprego e inflação corroem a renda e o orçamento das famílias encolhe.
No cálculo, o comércio é considerado uma prestação de serviço. O setor, que inclui varejo e atacado, deve cair 5,1% este ano. 

Déficit não visto desde 1990 ameaça empregos FOTO:exame.abril.com


Equipe empresariALL

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