A mais importante pesquisa
política do Brasil nos últimos tempos não é a que aponta a vitória de Aécio
sobre Dilma, nem de Beto sobre Requião, nem a reeleição de Giacobo. Mas sim o
levantamento que aponta que a maior parte dos brasileiros são de direita, mas
não encontram partidos alinhados aos seus ideais.
Datafolha apontou que 48% dos
brasileiros são contra valores ideológicos ordinariamente apoiados pela
esquerda, como liberação do aborto e das drogas.
O grupo formado por adeptos dos
temas esquerdistas soma 30% da população e os de centro, 22%.
Mesmo sendo o maior grupo
definido pelo instituto, esses 100 milhões de eleitores de direita não têm um
partido sequer para depositar seus votos.
A esmagadora maioria das
agremiações políticas nacionais são de esquerda. Apenas o combalido Democratas
ocupa um lugar mais central. Mas, mesmo assim, longe da direita.
O levantamento abordou temas já
consagrados nas urnas, como o direito à posse de armas. Em 2005, Lula (PT)
tentou desarmar o cidadão de bem proibindo o comércio de armas. Resultado: foi
derrotado por 64% da população.
De volta à pesquisa, ficou
claro o perfil religioso do brasileiro. Para 85% dos entrevistados, acreditar
em Deus torna as pessoas melhores. As drogas devem ser proibidas para 83% e 74%
disseram ser a favor da redução da maioridade penal.
Todo mundo sabe que os partidos
políticos brasileiros são colchas de retalhos, repletos de políticos com
ideologias de ocasião, sem conteúdo programático, como uma aulinha de Paulo
Freire onde cada um dá seu pitaco e ninguém obedece.
Algumas incongruências são
risíveis. Como um partido une em sua sigla socialismo e liberdade? Se em todo
lugar onde se implementou essa doutrina o livre-arbítrio foi pro beleléu?
Mas há casos graves. O
professor Olavo de Carvalho diz que o PT, entre outros partidos que participam
do Foro de São Paulo, não pode disputar eleições, pois está submetido à uma
organização política internacional. O artigo 28 da lei 9.096 determina "o
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique
provado estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros."
Pois não é cabível um país
soberano ser governado sob influência de Fidel Castro ou das FARC. No Brasil,
cabe.
Só que sem nenhum partido de
direita para representá-la, a maioria conservadora do país escolherá qual o
menos pior dos esquerdistas. Pelo menos nessa eleição, isso é tarefa fácil.
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