Lembro
bem que meter o pau no governo era quase uma obrigação enquanto Fernando
Henrique Cardoso comandava a nação. Depois veio Lula e sua propaganda fascista
que visava a transformá-lo em mito. A militância agressiva do PT e
seus partidecos satélites também ameaçavam qualquer voz dissonante. Assim, criticar o “pai
dos pobres” ou a "mãe do PAC" era pior que bater na vó.
Mas com o
tempo e o desgaste natural do modelo e o fracasso iminente do continuísmo as
coisas mudaram. A população voltou a conversar sobre política e sobre políticos.
Quem está
na moda agora é a oposição. Falar mal da Dilma na rodinha de bar ganha pontos
com os amigos. E as gargalhadas são garantidas. Na internet, então, nem se
fala. Se não houvesse o exército de fakes
e perfis patrocinados no facebook e no twitter, a rejeição da futura
ex-presidente seria de 305%. Mais ou menos por aí.
Pra não
ficar só no achismo (ou conhecimento empírico, como vomitam os defensores do
continuísmo), uma pesquisa que levou em conta mais de cem eleições aponta que o
índice atual de aprovação da presidente é insuficiente para lhe garantir mais 4
anos sentada na principal cadeira do país.
De acordo
com o Ibope (instituto que mantém gordos contratos com o governo federal), as
pessoas que consideram o governo petista bom ou ótimo alcançam apenas 34% da
população entrevistada. Em depoimento ao jornal O Globo, o cientista político Alberto
Carlos Almeida defende que se a eleição fosse realmente hoje, Dilma não se
reelegeria. Seriam necessários no mínimo 46% de aprovação.
Sua
pesquisa considera retrospecto de 104 eleições para governadores e presidente nas
quais havia um candidato tentando a reeleição. Para o pesquisador, se as
eleições fossem hoje, a probabilidade maior seria a eleição de um candidato de
oposição, pois os que não gostam da atuação pífia de Dilma no comando do Brasil
acabam por declarar primeiro voto em branco ou nulo. Só depois decidem por um
outro nome. “(os votos) Devem migrar, principalmente para o Aécio, que é quem
tem a base mais sólida”, disse o cientista político.
Cabe
lembrar que na eleição para presidente, em 2010, Dilma Rousseff levou 55
milhões de votos. Enquanto José Serra, abstenções, nulos e brancos somaram 80
milhões.
Na última
pesquisa do Ibope, pela primeira vez o percentual dos que não aprovam a conduta
de Dilma ultrapassou o dos que aprovam — a desaprovação aumentou de 43% para
48%, e a aprovação caiu de 51% para 47%.
Prova que as conversas de
bar e as opiniões livres na internet começam a mudar o jogo em favor do Brasil
e dos brasileiros.
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