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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Cientista afirma que Dilma não será reeleita.


Lembro bem que meter o pau no governo era quase uma obrigação enquanto Fernando Henrique Cardoso comandava a nação. Depois veio Lula e sua propaganda fascista que visava a transformá-lo em mito. A militância agressiva do PT e seus partidecos satélites também ameaçavam qualquer voz dissonante. Assim, criticar o “pai dos pobres” ou a "mãe do PAC" era pior que bater na vó.

Mas com o tempo e o desgaste natural do modelo e o fracasso iminente do continuísmo as coisas mudaram. A população voltou a conversar sobre política e sobre políticos.

Quem está na moda agora é a oposição. Falar mal da Dilma na rodinha de bar ganha pontos com os amigos. E as gargalhadas são garantidas. Na internet, então, nem se fala. Se não houvesse o exército de fakes e perfis patrocinados no facebook e no twitter, a rejeição da futura ex-presidente seria de 305%. Mais ou menos por aí.

Pra não ficar só no achismo (ou conhecimento empírico, como vomitam os defensores do continuísmo), uma pesquisa que levou em conta mais de cem eleições aponta que o índice atual de aprovação da presidente é insuficiente para lhe garantir mais 4 anos sentada na principal cadeira do país.

De acordo com o Ibope (instituto que mantém gordos contratos com o governo federal), as pessoas que consideram o governo petista bom ou ótimo alcançam apenas 34% da população entrevistada. Em depoimento ao jornal O Globo, o cientista político Alberto Carlos Almeida defende que se a eleição fosse realmente hoje, Dilma não se reelegeria. Seriam necessários no mínimo 46% de aprovação.

Sua pesquisa considera retrospecto de 104 eleições para governadores e presidente nas quais havia um candidato tentando a reeleição. Para o pesquisador, se as eleições fossem hoje, a probabilidade maior seria a eleição de um candidato de oposição, pois os que não gostam da atuação pífia de Dilma no comando do Brasil acabam por declarar primeiro voto em branco ou nulo. Só depois decidem por um outro nome. “(os votos) Devem migrar, principalmente para o Aécio, que é quem tem a base mais sólida”, disse o cientista político.

Cabe lembrar que na eleição para presidente, em 2010, Dilma Rousseff levou 55 milhões de votos. Enquanto José Serra, abstenções, nulos e brancos somaram 80 milhões.

Na última pesquisa do Ibope, pela primeira vez o percentual dos que não aprovam a conduta de Dilma ultrapassou o dos que aprovam — a desaprovação aumentou de 43% para 48%, e a aprovação caiu de 51% para 47%.

Prova que as conversas de bar e as opiniões livres na internet começam a mudar o jogo em favor do Brasil e dos brasileiros. 

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